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Enfermaria e Botica Novas
É D. João IV que em plena guerra da Restauração vai dar continuidade às obras do Convento, suspensos durante os reinados dos reis espanhóis Filipe II e Filipe III. Para tal nomeia em 1641 para o cargo de arquiteto do convento Pero Vaz Ferreira. Por falecimento deste é nomeado no cargo, em 1648, Jerónimo Rodrigues. As obras vão prolongar-se por toda a segunda metade do século XVI até à conclusão da nova Enfermaria e da nova farmácia, a Botica, em 1690.
Para elevar o piso da Enfermaria à cota dos edifícios que lhe são contíguos, o Claustro do Cemitério, Portaria Filipina e Dormitório Novo vão ser utilizados alguns preceitos constritivos do período barroco. É o caso dos contrafortes de baluarte, que reforçam o paredão de embasamento, o qual prolonga a fachada norte desde a Portaria Filipina até ao cunhal do ângulo norte-nascente. Este paredão encobre os panos norte da velha muralha e alambor do castelo templário, onde no século XVI se estendia o paço real, e regulariza o plano da fachada norte. Sobre este paredão assenta um andar cenário que mais não é do que um piso de cave funcionando como o embasamento ao piso da Enfermaria. Este andar com a sua fiada de janelas, integradas na composição da fachada é um típico recurso da arquitetura cenográfica barroca.
Estas foram as derradeiras obras de grande vulto, que viriam a conferir ao flanco norte do Convento a sua atual monumentalidade. Estas construções fecharam o edificado conventual, respetivamente na fachada norte, desde a portaria filipina até ao topo nascente, para a seguir se articular com a Botica, cuja construção se estende para sudeste até à muralha do antigo paço real e alcáçova.