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D. Lopo Dias de Sousa (1359 – 1417)
D. Lopo Dias de Sousa, sétimo e último Mestre religioso, canónico, da Ordem de Cristo, iniciou o seu mestrado provavelmente em 1373, o qual durou até ao fim da sua vida.
Em 1384, apesar de ser sobrinho de D. Leonor Teles, toma partido do Mestre de Avis, levando os cavaleiros de Cristo a juntarem-se às hostes de D. Nuno Álvares Pereira e à milícia do Mestre de Avis, para defenderem a soberania portuguesa face às pretensões do rei de Castela. Feito prisioneiro durante o assalto a Torres Novas, vila então ocupada pelos castelhanos, e libertado após Aljubarrota, foi considerado herói da guerra do Interregno. Depois das vitórias que colocaram D. João I, Mestre de Avis, no trono de Portugal, D. Lopo acompanhará constantemente o rei nas suas movimentações pelo reino. Aquando do seu matrimónio com D. Filipa de Lencastre, D. João I o escolherá para mordomo-mor da sua mulher.
D. Lopo tornou-se amigo íntimo da Casa Real, em particular do Infante D. Henrique, o qual contou com o seu apoio para as conquistas do norte de África. A sua dedicação à casa de Avis conduzirá à vinculação da Ordem de Cristo à monarquia portuguesa. À sua morte o rei obteve do Papa a nomeação do Infante para Regedor e Governador da Ordem, isto é, mestre laico. Por ordem do Infante o seu corpo foi trasladado para a Rotunda templária. O seu túmulo encontra-se actualmente do lado norte, junto ao corredor que liga a igreja com o Claustro do Cemitério.