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Sinagoga de Tomar
Classificada Monumento Nacional desde 29 de Julho de 1921, a Sinagoga de Tomar é dos poucos templos judaicos coevos da presença deste povo em Portugal em épocas anteriores à expulsão a que foram sujeitos por D. Manuel I.
A Sinagoga, construída entre 1430 e 1460, é um edifício de planta quadrangular, com 9,50 metros de fundo por 8,25 de largo. A sua altura corresponde à das habitações que a ladeiam, de rés-do-chão e primeiro andar. O tecto é composto por nove abóbadas ligeiramente ogivais, repousando ao centro sobre quatro colunas com capitéis ornados de motivos florais.
Em cada um dos ângulos do tecto, um curioso orifício, denuncia a presença na alvenaria de ânforas de barro, com a função de regular a sonoridade dos cânticos durante o ofício religioso.
Embora a fachada do templo tenha feição renascentista, a sua construção é anterior ao século XVI. Sabe-se que o Infante D. Henrique, enquanto governador da Ordem de Cristo no século XV, foi o grande promotor da fixação dos judeus em Tomar, dando-lhes uma rua para aí constituírem o seu bairro e terem a sua sinagoga.
Ao tempo, foi chamada a Rua Nova, nome que era dado às antigas judiarias.
A Judiaria de Tomar corresponde hoje à rua Dr. Joaquim Jacinto.
Apesar da presença hebraica em Tomar estar documentalmente assinalada desde o início do século XIV, é com a sua fixação em Tomar que o Infante envolve os judeus na empresa dos Descobrimentos Portugueses.