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D. João III (1502 - 1557)
Nasceu em Lisboa, a 6 de Junho de 1502. Filho de D. Manuel e da infanta D. Maria, filha dos Reis Católicos. Por morte de seu pai, em 1521, ascendeu ao trono com apenas dezanove anos de idade. Casou em 1525 com a infanta D. Catarina de Áustria, irmã de Carlos V.
Advém Governador e Regedor da Ordem de Cristo quando se torna rei de Portugal e, nessa qualidade, faz uma reforma profunda na ordem, em 1528, pela qual constringe os freires religiosos da Ordem à observância de uma vida de clausura. O protagonista desta reforma será o confessor do rei, Frei António da Silva, dito de Lisboa, religioso dos Jerónimos de Guadalupe.
É esta reforma que vai dar origem ao grandioso convento do Renascimento, implantado para poente, extra muros do castelo, em torno nave com que seu pai ampliou a igreja templária.
D. João III obtém da Santa Sé o direito de os reis portugueses advirem perpetuamente mestres da Ordem de Cristo. Tal circunstância vai originar, quando Portugal perde a sua independência em 1580, que o rei espanhol D. Filipe II, herdeiro do trono português, se torne mestre da Ordem de Cristo.
Envolveu a Ordem de Cristo, na pessoa do seu reformador e Prior-mor, Frei António de Lisboa, nas ações do Tribunal do Santo Ofício, porquanto o Convento de Tomar serviu de lugar de Autos e execução de sentenças.
Extinguiu o padroado da Ordem de Cristo no Ultramar criando a Diocese do Funchal para dirigir o espiritual das igrejas que a ordem detinha nas Ilhas, em África, Ásia e Brasil.
Foi um monarca interessado pelo movimento do Renascimento, ao mesmo tempo que pautava a sua conduta religiosa no espírito da Contra Reforma de Roma. Apesar do imenso império que herdou de seu pai, o reinado conheceu graves crises económicas e sociais. Na sua corte viveram homens como Garcia de Resende, Damião de Góis e Gil Vicente. Há registo da representação da "Farsa de Inês Pereira", no Convento de Cristo, em 1523.
Reinou por 36 anos e faleceu em Lisboa, a 11 de Junho de 1557, tendo sido sepultado no Mosteiro dos Jerónimos.